Uma boiada de preconceito
Metáforas infames para tentar adiar o fim do mundo
Estava respondendo uma pesquisa sobre racismo linguístico e comecei a pensar em quantos “detalhes” se escondem o preconceito e a violência. Às vezes quando algo acontece fica apenas uma sensação de incômodo, mas a gente não consegue dar nome aos bois. E é uma boiada inteira de racismo religioso, violência de gênero, preconceito linguístico, gordofobia, e mais um monte de bezerrinho que a gente ainda não deu nome, mas que já anda mamando nas tetas de uma estrutura cruel de sociedade.
Inclusive pode ter sido injusta a metáfora com os pobres bichinhos, já que é do ser humano – que se acha tão evoluído – que vem toda a destruição que anda corroendo nossos corpos, mentes, coração e planeta que habitamos.
Queria poder dizer o que fazer pra amenizar. Queria estar mais otimista com o poder transformador da educação ou mesmo com a potência do autoconhecimento e da espiritualidade. Mas tudo isso é o que temos conseguido fazer pra adiar o fim do mundo.